terça-feira, 20 de dezembro de 2016

texto zero

 Existem histórias que desejam ser contadas. Elas precisam disso, precisam existir. Sem isso, elas não entram nos corações e cabeças das pessoas. Não move a fé necessária para que a história ganhe corpo e se torne algo maior. O primeiro deus nasceu nos sonhos de um esquizofrênico que apresentava um quadro de múltiplas personalidades. Era uma tribo de um corpo só e ele conseguiu fazer com que cada uma dessas personalidades acreditasse naquele deus que nada mais era que uma cabeça gigante flutuando. O nosso inconsciente tem tanta força. nós somos a matéria prima daquilo que dá vida aos sonhos, ideias, conceitos e pequenas observações. Somos seres mágicos.
 As Histórias sabem disso e insistem em nos assediar e acompanhar, insistem em gritar suas dores e todo seu amor a cada esquina e muitas vezes ignoramos e nos sentimos vazios sem perceber que desperdiçamos nossos passos entre 0 e 1. Contar uma história nem sempre é uma tarefa fácil e nem todas, ou quase todas são ignoradas,  surgindo assim uma verdade esculpida pelo martelo. As coisas soam incompletas porque sonhamos que são e assim movemos. Mas o que tem me incomodado bastante é que estamos indo numa direção de trevas. Remodelamos deus para que derrote nossos inimigos e nos traga prosperidade. Sonhamos com uma justiça mais violenta e recompensas maiores para os justos. Oramos em bolhas de concreto e alimentamos nosso ego. Cada vez mais inflados, nós andamos sobre um fio desencapado, nossas relações afetivas são rasas e nosso emocional está sendo redesenhado pela forma vil como nos relacionamos com os outros e com nós mesmos. O mundo sussurra suas condolências e avisos. E sonhamos com um mundo tecnológico e utópico.
Estamos virando canalhas. Em algum lugar do mundo, pais pedem para que possam matar suas filhas para evitar atrocidades maiores. Misericórdia é um pai matar uma filha em algum lugar do mundo. Em  outro lugar, um homem é autoridade máxima. Ele confisca os bens das pessoas promovendo uma troca de moeda. Não acontece a troca, ele deixa as pessoas à deriva. Deixa pessoas sem acesso, no sentido formal da sociedade, a itens básicos. Ele alega estar sendo sabotado. Aqui um antigo advogado de um organização criminosa, é nomeado ministro da justiça. Seguimos virando a página de forma canalha e servil. Ser vil. Cê viu?! Vi. Não sei como seguir ou como terminar esse texto. Não sei como seguir...

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