quarta-feira, 12 de julho de 2017

Be Ko



  Estruturei os contos e acertei ideias gerais. Listei a possível ordem, arrumei possíveis títulos, eufórico fumei um cigarro e fui descansar com os tormentosos possíveis contos. Ainda não os escrevi, ou melhor dizendo, já os escrevi, preciso reeditar, reescrever ou simplesmente começar do zero. Histórias são coisas incontroláveis, são vermes, larvas. Elas mastigam pedaços da alma, açoitam neurônios, buscam a luz dos olhos alheios. A minha mão é um casulo tosco e afoito. Cada uma delas mora na cabeça até sair como um tigre pela floresta. Não importa sucesso, crítica, não importa a invisibilidade fabricada ou os amores cativados. Histórias são coisas selvagens e lindas. E nos devoram por dentro e por fora.

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